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Na pequena cidade de São Vicente, existia uma tradição peculiar: a corrida anual pelas ruas de paralelepípedo que cada participante deveria completar, custasse o que custasse.
Marina era uma corredora dedicada, conhecida por sua resistência. Porém, naquele ano, algo inesperado aconteceu. Poucos metros depois da largada, seu tênis direito se rompeu.
Sem pensar, ela caiu em um silêncio momentâneo e sentiu o desconforto de não poder continuar normalmente. Muitos ao redor pararam, ofereciam ajuda, mas Marina tinha uma ideia diferente.
Em vez de desistir, ela apertou os cadarços do tênis esquerdo, agarrou o tênis quebrado e decidiu seguir correndo com um pé calçado e outro descalço, sentindo a irregularidade da cidade sob o seu pé nu.
A dor aumentava, os pensamentos de desistência se misturavam com a determinação para terminar a corrida. Pessoas na rua começaram a notar sua luta, e a torcida aumentou sem que ela perceba.
Ao chegar na linha de chegada, Marina não foi a primeira, mas seu esforço e coragem a tornaram a grande vencedora do dia para todos que assistiram.
Naquele momento, compreendeu que o esporte não é só sobre vencer, mas sobre perseverar diante do inesperado, mesmo quando não há garantia de sucesso.
De volta ao seu quarto, com o tênis danificado e o pé machucado, Marina sorriu e soube que aquela corrida mudaria sua visão sobre limites pessoais para sempre.
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