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No centro histórico de uma cidade pequena, Ana costumava sentar-se numa cafeteria antiga, ouvindo o piano suave que ecoava pela rua.
Ela era apaixonada pela música, mas tinha um segredo: nunca conseguia terminar suas próprias composições. Cada melodia começava bela, mas desaparecia antes de ganhar vida.
Numa tarde chuvosa, entrou na cafeteria um homem chamado Miguel, um pianista que viajava procurando inspiração para sua próxima apresentação.
Miguel notou Ana tocando o piano sozinho, hesitando entre acordes que pareciam incompletos. Curioso, aproximou-se e perguntou sobre suas músicas.
Ana explicou sua dificuldade; a pressão de criar algo perfeito a impedia de seguir em frente. Miguel sugeriu que ela deixasse a música ser mais livre, mais imperfeita.
Eles passaram horas compondo juntos, conversando sobre sonhos, medos e a beleza das falhas que tornam algo único.
No entanto, Ana sabia que Miguel partiria na manhã seguinte. A ideia de perder essa conexão delicada trouxe um misto de alegria e melancolia.
Naquela noite, Ana escreveu uma canção diferente, não para o público, mas para si mesma — um testemunho dos momentos compartilhados.
Miguel partiu, e a cafeteria voltou ao normal, mas Ana sentiu que algo havia mudado dentro dela; a música não precisava ser perfeita para tocar o coração.
E assim, mesmo sem um grande concerto, a canção que nunca tocou nos palcos se tornou a trilha sonora de um capítulo íntimo, incompleto, mas verdadeiro.
Às vezes, a beleza está no que nunca chega a acontecer totalmente, mas que deixa uma marca silenciosa na alma.
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