O Enigma do Farol Abandonado

A brisa salgada do mar tinha um cheiro estranho naquela manhã, algo que Marta não conseguia identificar. Ela havia decidido explorar o antigo farol que ficava na ponta da pequena península, um lugar que muitos diziam ser assombrado, mas para ela era apenas um quebra-cabeça para resolver.

Marta levou uma lanterna, uma câmera e muita curiosidade. O farol estava fechado há anos e parecia esquecido pelo tempo, com janelas quebradas e paredes cobertas de musgo. Conforme ela entrava, sentia o silêncio pesado, interrompido apenas pelo som das ondas batendo contra as pedras abaixo.

Enquanto subia a escada de caracol, Marta descobriu um bilhete preso atrás de uma tábua solta na parede. O papel, amarelado e com letras garrafais, falava de um segredo escondido dentro do farol, mas não dava pistas claras sobre o que era ou onde procurar.

Intrigada, ela começou a vasculhar o lugar com mais cuidado, examinando cada canto. Cabeças metálicas, chaves antigas e desenhos enigmáticos pareciam fazer parte de um enigma perigoso. Porém, enquanto tentava entender o significado, percebeu que alguém ou algo estava observando-a dali de fora.

Marta sentiu calafrios, mas decidiu não desistir. No entanto, quando já se preparava para uma última investida, ouviu um barulho alto e as luzes da lanterna falharam repentinamente, mergulhando-a na escuridão total.

Por alguns minutos, julgou-se presa, incapaz de se orientar. Mas então, uma voz calma soou do telefone celular que miraculosamente não havia desligado: era seu amigo André, que havia ficado preocupado e decidido procurá-la.

Com a ajuda dele por voz, Marta conseguiu encontrar a saída. Ela não descobriu o segredo do farol, mas ganhou uma história para contar — um mistério que ainda precisa ser resolvido e um lembrete de que, às vezes, a aventura é exatamente o que não conseguimos controlar.

No caminho de volta, o farol permanecia ali, imponente e silencioso, guardando seus enigmas enquanto o sol começava a cobrar o céu.