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A casa da família Martins sempre teve um velho guarda-roupa no sótão. Ana, a filha mais nova, tinha curiosidade sobre o que existia lá dentro, mas os pais sempre diziam para ela não mexer.
Uma tarde de domingo, enquanto todos descansavam, Ana decidiu subir até o sótão para olhar o guarda-roupa. Quando abriu a porta, viu várias caixas cheias de objetos antigos: roupas, fotos e cartas que pareciam ter muitos anos.
Entre aquelas coisas, Ana encontrou um diário de sua avó, que relatava histórias da infância dela em outra cidade. Enquanto lia, Ana descobriu detalhes sobre a vida simples e divertida que a avó teve, com muito menos tecnologia, mas muita imaginação.
Ela quis mostrar para seus pais, mas percebeu que eles estavam ocupados conversando em outra sala, rindo e recordando momentos juntos. Ana sentiu que aquelas histórias no diário tinham uma conexão especial com a família, mesmo que estavam guardadas no silêncio do passado.
Decidiu guardar o diário com cuidado e planejou contar para seus irmãos em outra ocasião. Para ela, o velho guarda-roupa não era apenas um móvel, mas uma porta para as memórias e segredos que tornam sua família única.
Naquele dia, Ana entendeu que algumas descobertas não precisam de grandes acontecimentos para fazerem a diferença — basta o interesse de olhar além das aparências.
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