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Tia Lúcia sempre sorria, mas naquele sábado ela parecia diferente. Sua casa, no topo da colina, estava cheia de fotos antigas e brinquedos no chão.
Eu fui visitá-la com meu primo João. Enquanto ela preparava chá, contou que estava triste porque tinha perdido um velho retrato de família. Era um desenho de todos juntos, feito por seu pai.
Minha prima Ana ouviu e perguntou se ela procurava em algum lugar especial. Tia Lúcia disse que não sabia onde, mas que o perdeu há muitos meses.
Decidimos ajudá-la. Procuramos pela casa toda, entre livros, máquinas antigas e caixas perto da janela. Nada do desenho.
João, sem avisar, veio com uma ideia engraçada: "E se o desenho estiver no lugar mais simples, como no bolso do casaco?" Tia Lúcia riu e foi ver o casaco pendurado perto da porta.
Para surpresa de todos, o desenho estava lá, meio amassado, mas inteiro. Tia Lúcia sorriu forte e disse que às vezes as coisas esperam um momento para aparecer.
Ela convidou a gente para beber o chá e contar mais histórias do passado. Eu achei curioso como um simples desenho pode guardar muitos sentimentos e lembranças.
Saí de casa dela pensando que os sorrisos, mesmo quando escondidos, podem reaparecer de um jeito inesperado. Nem sempre precisamos procurar longe para encontrar alegria.
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